sexta-feira, 12 de novembro de 2010

A ciência da montaria

O céu parece colaborar para a ideia de passar o feriado de chinelos à beira de um mar claro e, ao meu desgosto pessoal, frio, num evento de estudantes de comunicação social do Sul do país. Na realidade minimizei as proporções da sua imaginação dizendo evento. Serão jogos de verão com participantes membros da Universidade na qual cursam jornalismo, publicidade e propaganda, relações públicas dentre outras vertentes que englobam a comunicação social.

Estarão presentes universidades federais, estaduais, particulares e técnicas da capital e interior do Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, claro que numa dimensão proporcional a popularidade do evento que está na sua segunda edição.

O que me ocorre também, além da ansiedade pré-viagem de: não esquece o protetor, ai cadê meu chinelo, compra cerveja, arruma mala, é as possibilidades que um encontro com estudantes de diversas Universidades do país pode proporcionar.

A discussão política, econômica, social tende a estar inserida no contexto da academia em nos eventos que a circunda, ainda que o propósito seja apenas a interação sexual, alcoólica e narcótica, uma interação inteiramente natural do processo de amadurecimento intelectual do indivíduo.

É de se admirar sim a atitude de universitários num evento com o mesmo propósito deste em que vou embarcar dentro de algumas horas. Ocupantes de vagas numa das mais reconhecidas instituições de ensino superior do Brasil criaram uma nova brincadeira para se divertirem entre um porre e outro: cavalgar em meninas gordas.

O caso acontecido no Interunesp desperta constatações da contemporaneidade que deveriam ser discutidas em diversos setores da sociedade produtora desses indivíduos. Ora, os estudantes que praticaram a montaria humana são filhos de seus devidos pais, contribuintes de seus devidos impostos, eleitores, alguns já até gozam do fruto da reprodução humana.

São esses os cientistas intelectuais do nosso tempo. São esses os futuros ocupantes das melhores vagas disponíveis no mercado. São esses quem estarão inseridos nos pólos educacionais ditando a ciência à posterioridade.

Estamos diante de cientistas que fazem uso da força física e de grupo para impor a ridicularização ao indivíduo que lhe é diferente. Se quem se dispõe a pensar a ciência numa academia age com esta irracionalidade brutal, proponho-lhes o desafio de viver para ver.


Para quebrar o climão ouçam a banda que irá embalar meu sábado de sol nos Jogos de Verão de Comunicação, mas não morram de inveja que dá rugas, meninês!


2 comentários:

Carol disse...

a ciência da montaria e a keissy me fazendo ter contrações de inveja. MONOBLOCO NA PRAIA É COVARDIA.

Thiago Rocha disse...

Nem só de babacas vive o InterUnesp, lá tb teve Monobloco. Mas num era praia, infelizmente...

Em relação aos peões, lastimável a crueldade e tb a covardia com mulheres. Queria ver se algum dos machões faria rodeio de gordO. Ia tomar uma porrada q talvez ensinasse alguma coisa.