quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ai, delícia


Hoje eu quero falar daquela coisa que, se usada da forma correta, deixa qualquer moleque com cara de homem. Aquele detalhe gostoso que transforma a pegada meia-boca no puro tesão. Isso mesmo, senhoras e senhoras, falemos dela: a barba.

Penso que seja unanimidade entre as mulheres com mais de 25 anos: a barba desbanca qualquer rosto lisinho. Uma barba bem mal-feita é capaz de colocar no chinelo o mais belo dos rostinhos barbeados. Falo mais de 25 porque muitas mulheres demoram a descobrir o poder do homem barbado. Há, claro, aquelas que encontram a felicidade muito antes, é óbvio, essas danadas.

E os rapazes, coitados, todos eles que se matam em academias, gastam uma grana num carro legal, investem em roupas maneiras, todos esses deveriam saber que com muito menos se conquista muito mais. (Se bem que eu acredito que o poder da barba não é para qualquer um. A barba não é somente um amontoado de pelos sobre a face, é uma atitude, e daí vem muito do charme do barbado).

Mas vamos à fundo para esclarecer aos mancebos (e convencer àqueles que são aversos à penugem) a origem de tal fascínio.

A fórmula do encanto não é simples: advém de uma soma de fatores, acredito eu. Algumas gostam do ar de desleixo, daquela coisa meio “sou um vagabundo, mas sou um cara legal”, que a barba pode dar. Outras se encantam com o ar do machão, o homem rústico, oposto do metrosexual, aquele homem que mais do que pelas palavras, te faz desejá-lo pelo cheiro, pela mão grande e ossuda, pela voz grossa. O homem que é a pura testosterona.

As mais safadas se deliciam ao imaginar a sensação daqueles pelos roçando a nuca, o pescoço, as coxas...ui. E todas se encantam pelo desenho que a barba faz, ali, concentrada no queixo e se espalhando pelo contorno do maxilar, subindo pra perto da orelha, traçando direitinho o caminho que o boca vai percorrer.

Meninos, não se iludam: os comerciais de aparelhos de barbear só querem...vender aparelhos de barbear! E para isso vale qualquer mentira, inclusive a de que vocês irão atrair mais mulheres quando tiverem o rosto barbeado.

Ok. Não basta ter barba, tem que saber ter. Existem dois pontos bons para a barba. O mínino para ser gostosa é a famosa barba por fazer. O máximo - ponto limite entre o homem gostoso e o papai Noel - é quando os pelos pinicam ao primeiro toque, mas logo se dobram, causando uma sensação entre o incômodo e a maciez. (Aquele ponto que nos faz ter o primeiro impulso de empurrar pra longe - ai, machucou! – seguido da vontade de puxar pra bem perto: quero mais!). Ficou em dúvida? Titio George Clooney ensina, é só clicar nos links aí atrás.

Sim, sabemos que uma hora ela vai passar da medida, e daí vai ser preciso apará-la para chegar no ponto exato novamente. Faz parte. Segredinho: é uma delícia ver o rostinho recém-barbeado, sabendo que aquele é o início de um período de espera até que a tão admirada se recomponha.

Entenderam?

Então é isso, meninos. Vocês nos pedem que nos depilemos, que usemos mais saias, que saiamos nas ruas com maiores decotes. A nós, cabe somente um simples pedido: joguem a gilete fora, deixem a barba crescer.


*Tem mulher reclamando? Não liga. A barba é o radar: vai te trazer as mulheres mais gostosas, e repelir as mais nojentinhas.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Em tempos de eleição, um tesão.

Todo mundo já reparou em como a Dilma é feia, né? Horrível. E o que dizer da Marina? É...sexy appeal, LAMENTAVELMENTE, falta por lá. Do Serra eu me recuso a falar.

Apesar de beleza não ser o forte das eleições 2010, temos um candidato que, se não tem uma porcentagem de votos satisfatória, tem uma porcentagem de approuch inigualável. É claro que eu to falando do Plínio.


O Desamélias não está aqui  neste post para falar de Política, não. Se vocês estiverem dispostos a discutir política mais a fundo, eu recomendo: Beco Livre . Aqui, no Colírio Nerd, o que vale é a sensualidade. E não há Tucano que venha me dizer que falte isso ao Plínio.


Pois é, seus danadinhos. Esse gato que data de 1930, para satisfação e alegria da mulherada, ainda não morreu. Pelo contrário, desfila loucamente seu charme em debates e entrevistas e, no twitti, inclusive, se você quiser dar uma paquerada.

Essa delícia é formado em direito pela usp, já foi promotor e deputado e é, atualmente, presidente da Associação Brasileira de Reforma Agrária. Ai, segura a periquita. Imagina que sexy discutir reforma agrária na cama?


Essas fotos, além de tudo denunciam como o Plininho, com sua super retórica, é, também, um cara QUE SABE USAR AS MÃOS, para fazer seu discurso. Percurso. incurso?


Bom, se tudo isso não te impressionou assista a um debate, divirta-se com o deboche dele com os outros candidatos e tudo mudará. Ou não, porque tem gente que não sabe onde mora a sensualidade.

Agora aqui, de cá pra nós que entendemos de Tesão, vou te contar um segredo: Plininho sabe tudo de Teologia da Libertação. E se você não sabe. VAI LER NO WIKIPEDIA, PELO MENOS, TÁÁÁ? 


É isso ai, para quem reclamava que não tinha nunca um colírio nerd não-morto (pelo menos não ainda), aqui está. Plínio de Arruda Sampaio, sensualidade milenar com roupagem pós-moderna e twitteira.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Colírio Nerd, à moda francesa

É à moda francesa, porque se fosse britânica, não estaria atrasada. Ai, que engraçadinha.
Bom, então, desculpem pelo meu atraso, deixei vocês dois dias sem acesso à delicinha do Colírio Nerd. Em contrapartida, trago-lhes dois, deliciosos, direto da França.
A grande verdade é que, depois de ler esse texto aqui  eu fiquei pensando o porquê dessa mudança toda no sexy-appeal dos franceses. E eu acho que cheguei a uma conclusão, óbvia, mas ainda sim uma conclusão: Não se fazem mais franceses como antigamente.
A questão é que essa busca constante pela beleza exterior (Lair Ribeiro feelings) faz a gente se esquecer onde mora o tesão. E eu não tô falando só da região entre cintura e joelhos. Tesão, mesmo, são esses dois aqui (oks, o Derrida é argelino mas viveu a vida toda na França, então vale!)

Jacques Derrida (pró em carão)

e

                     Paul Ricoeur (que na verdade se escrever com aquele oe 
                      grudadinho que é um tesão e não tem no nosso alfabeto)

Esses dois frases sabem ser, ao contrário do relatado no texto sobre os franceses atuais. Acho que um bom jeito era fazer com esses franceses (e também os brasileiros, afinal, sensualidade nunca é demais) começassem a ler mais o que esses danadinhos quentes escreveram. Mas como a gente sabe que vocês talvez não os conheçam, vamos dar uma breve resumida e nela nítido ficará como jorra sensualidade desses dois.

O Derrida, conhecedor da arte de fazer bico e carão,  foi o criador da desconstrução (se você não sabe o que é isso, finge pra mim que sabe pra não cortar o meu tesão e procura no google, ok?)
O gato foi professor da Sorbonne e revolucionou completamente a Teoria da Literatura, além de ter feito um reboliço na filosofia.
Ele tinha um jeito muito dele de escrever, que é visto com maus olhos por muitos, mas que em mim arrepia do pé até a nuca





Como ser professor da Sorbonne é super fetichente, Paul Ricouer também foi.
Essa delícia de óculos teve forte notoriedade na filosofia, na teologia e na linguística, mas pegou pra capar mesmo foi na Hermenêutica (google à mão para não haver confusão).
Pouca gente conhece Paul Ricoeur, mas quem sabe ler minimamente francês deveria sim se esforçar para ler esse homem no original, porque  além de ser muito claro, o hômi sabe o que diz e como dizer. Os textos dele são de uma coesão fora do normal e de leitura muito agradável. E quem é que não se derrete com um homem que sabe interpretar. E interpenetrar. Pois é.


Derrida morreu em 2004. Paul Ricouer morreu em 2005. Agora fica fácil saber porque a vida sexual dos franceses vai de mal a pior, principalmente nos últimos 6 anos....

Não é mesmo, malandrão?

ô!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Chico está comigo no final

Dizer a alguém que: olha, não dá mais, não é você, sou eu, a gente se vê, é um discurso que toda mulher já ouviu de um namorado, namorada, ficante, sexo casual, paixão imaginativa...
Você pode ser gatinha, xuxuzinho, mas vai me dizer que nunca levou um fora que te fez passar (gastar) um tempo pensando: porra, vai te catá!
Há de ser tudo da lei e mal de amor nunca passou de um clichê bom de viver.
Que ninguém precisa ficar ade eterno com ninguém eu já entendi, mas um fora pode ser gentil e bonito!
Tá achando que pirei os parafusos nessa de romance e tô querendo graça até onde não tem, né? Mas veja lá, ouça aqui o que esse rapaz diz a essa moça...

Parece um bom final, não?

Eu sei que somos moderninhas, gostamos de um bom sexo casual (ou não), mas isso não deveria (ao menos na minha cabeça perturbada) interferir nas gentilezas do discurso.
Os bons começos, as provocações, o troca olhar daqui, faz uma sacanagem dali é uma delícia e não quero estar nesse mundo pra discordar. Mas vou levantar a bandeira dos bons finais!

E Chico Buarque tá aí, nessa comigo!

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Coisa boa!


Temos uma boa notícia para vocês (e que também foi uma ótima notícia para nós): fechamos uma parceria com as meninas do Estação da Mulher. Conhece? Não? Então dá um pulinho lá, é um site gracinha cheio de dicas de coisas que adoramos: beleza, saúde, sexo, comportamento e tendências. Por aqui, vai rolar mais ou menos assim: nós lemos lá (porque somos todas muito ligadinhas em boas dicas e novidades) e se econtrarmos coisas bem bacanas, comentados cá, sempre com o nosso jeitinho desamélia de ser.

E aí que passeando hoje por lá, vimos essa matéria super legal da Thayara. Pois é, os batons de cores vibrantes estão com tudo. E são mesmo um charme, sem contar que dão toda uma personalidade, um "tchan" no visual, né?

Pois é, a Thayara dá todas as dicas para você usar e não fazer feio.

Mas daí, você fica maravilhosa com aquele vermelho sangue, combina com seu estilo, combina com seu cabelo, só que o gato não curte, não tem jeito. A gente aproveita essa madrugada de quinta-feira e dá umas diquinhas para você contornar essa situação (porque, vá, ninguém merece ficar magoadinha só por causa dos caprichos do rapaz).

Tudo depende muito do argumento do gato. Lá vai:

1. Ele não gosta das marcas.
Gata, a solução para esse problema está nas suas mãos: fala que as marcas são chatinhas de tirar, sim, mas que com esse batom você se sente muito mais poderosa, e capaz de deixar marcas i-nes-que-cí-veis. E, claro, cumpra a promessa. Não se espante se o lindo te presentear no dia seguinte com um estojo completo, do vermelho sangue ao queimado.

2. Ele diz que acha feio.
Explique que nem tudo que ele usa te agrada também. Fácil, simples e direto.


3. Ele diz que é coisa de piranha.
Amiga, se seu boy te fala isso, só te digo uma coisa: procura outro. Porque um homem que diz que coisa de piranha não é coisa de mulher está: a) usando um argumento mais do que passado, machista e tudo mais; b) desconsiderando que piranha também é mulher e merece respeito, sim.


*Quer acompanhar as novidades do Estação da Mulher? Só seguir: @estacaodamulher

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Era do tesão ao extremo


É isso mesmo, seus danados, a segunda-feira pós 11 de setembro começa com um cara que entende de Guerra, de capitalismo e, claro, de sexo. Além de muito experiente, carregando 93 anos de pura sensualidade ERIC HOBSBAWN tem approuch como poucos têm. Apesar de safadinho, foi um homem de relacionamentos duradouros e só se casou duas vezes (porque né, vamos combinar que com 93 anos casar duas vezes é quase nada)


O gato faz o tipo marxista, comunista e judeu. Além dos olhinhos claros e do óculos charmoso, carrega no seu currículo livros sensacionais com títulos especialmente viris, como Era dos Extremo (pegou o trocadilho do título, coisa linda?); Estratégias para uma Esquerda Racional; Da Revolução Industrial Inglesa ao Imperialismo; História Social do Jazz (esse é o meu predileto, adoro homem que fala de jazz), entre outros.


Não bastasse a virilidade e o charme, o gatíssimo de nacionalidade britânica nasceu no Egito (quando ainda era colônia inglesa). Dá pra sentir mesmo um ar faraônico nessa delícia, num é?




Ai gente, num dá para não ficar toda arrepiado com um colírio desse. Esse homem é tão, mas tão gostoso, que tá valendo a pena casar mesmo sem dar o golpe do baú, porque, afinal, se for seguir o caminho do Levi-Strauss, o danadinho ainda dá um sete anos de caldo, pelo menos.


Despeço-me com uma foto sensual e com os votos de que a semana de vocês seja repleta de bons livros para ler, filmes para assistir e sexo.




(e quem que num adora um homi desse palestrando. Segura a piriquita, gente!)

domingo, 12 de setembro de 2010

I just don't know what to do with myself

"I just don't know what to do with myself" foi gravada pela primeira vez em 1962, numa versão suave e gostosa, com um toque de melancolia, que você pode ouvir clicando aqui.

Depois, vieram muitas outras versões até que em 2003 The White Stripes encheram a melodia de energia, colocaram uns arranjos bacanas e chamaram ninguém menos que Kate Moss pra se exibir linda em um dos clipes mais sensuais - se não o mais sensual - que já vi. A música tem uma pegada meio triste, mas eles conseguiram deixar tudo incrivelmente delicioso.

A dica de hoje é pra você que também não sabe o que fazer com você mesmo. Encha um copo com sua bebida preferida, aproveite aquela hora em que a noite vem chegando e dê o play.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Colírio Nerd, com muito sexo.

Então hoje é segunda-feira e você se perguntou por quem você morreria de tesão no colírio nerd, né? Pois é, tenho certeza que você também se perguntou porque nós, aqui do desamélias, metidas diferentonas seguimos o padrão machista e só colocamos Colírio Nerd feminino, né? Bom, talvez você não tenha se perguntado nada disso e só entrou aqui porque caiu sem querer. Mas não tem problema, tesão nunca é demais, hoje, então, é de menos.
Para comemorar o dia do sexo, o Desamélias resolveu inovar trazendo uma mulher, uma mulher que como nós gostava muito de sexo e de falar de sexo. E sabia fazer isso: Anaïs Nin


Essa gata de nome sugestivo é um dos ícones da Literatura dita erótica, e que eu adoro. Além tudo, foi a maior pegadora e teve um caso delícia com o tesudo do Henry Miller (aquele gostoso que escreveu Trópico de Câncer). Tudo isso sensualizando no sotaque francês e mostrando que boa literatura e tesão são  muito próximos e completamente miscíveis.


                                                   
Anaïs sabia o que dava prazer e como viver e falar disso. Além de ser linda, e não só pela Literatura, que transforma ela em Deusa. Entre seus livros mais famosos estão Incesto, A casa do Incesto e Delta em Vênus


                                                   

Nasci sem pele. Um dia sonhei que estava nu num jardim e que cuidadosa e completamente me tiravam a pele como a um fruto. Não ficou nem um resto de pele no meu corpo. Foi toda mas toda retirada com cuidado e só depois me disseram para andar, viver e correr. A princípio movimentei-me devagar, o jardim era tremendamente macio e eu sentia de uma precisa o jardim-doçura, não na superfície do corpo, mas atravessando-me o ar doce e os perfumes, como agulhas penetrando todos os meus poros em sangue. Todos os poros estavam abertos e respiravam calor, doçura e cheiros. O corpo totalmente invadido, penetrado, reagindo, a mais pequena célula e poros vivos respirando e tremendo com prazer. Gritei de dor. Corri. E ao correr o vento chicoteava-me e as vozes das pessoas eram chicotes dirigidos a mim. Ser tocado! Acaso sabem vocês o que é ser tocado por um ser humano?


de A Casa do Incesto...

Gente, como hoje é dia do sexo o post vai parar por aqui para deixar vocês danados com tempo para aproveitar e comemorar, com Anais ou não. Risos.
Mas fica a Dica da Boa: Henry & June é um filme que fala do relacionamento de Anaïs com Henry Miller, baseado no diário dela.




sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Revista Miséria - Humor inteligente, de verdade.



Acordei cansada das pessoas falando de "humor inteligente", qualquer piadinha que não seja racista, machista ou do pintinho já é considerada Humor Inteligente. Os fãs que me desculpem, mas já me deu no saco - que eu não tenho - essa veneração a cqc, Rafinha Casto, Danillo Idiotilli e todas esses nomes que viraram constantes RTs no meu twitter. Nesse mesmo dia, que eu acordei cansada do humor (nada) inteligente e pensando em como eu sou azarada, minha sorte mudou.

Ganhei, pela primeira vez um sorteio: a coleção completa (ainda pouca) das 4 edições do Miséria.Na hora eu fiquei mais feliz pela sorte do que pelo prêmio. Mal sabia eu. Hoje eu sou dependente, completamente dependente do Miséria. Estabeleci com esses hqs a mesma dependência demoníaca que eu tinha com os gibis da Mônica. A diferença é que, finalmente, eu conheci um humor inteligente.


Ainda que o humor do Miséria seja um desses prazeros masoquistas de quem sofre com a realidade, toma consciência e ri, porque é a realidade tá ali, te pedindo atenção de um jeito que se supunha sutil, mas é escancarado. E você vai reconhecer nos personagens do Miséria o seu tio filho da puta, a sua cunhada biscate, a sua amiga desempregada, aquele mendigo que você não lembra mais o nome da praça, ou qualquer professor filho da puta da Unicamp.


 Nada do que eu possa continuar falando aqui fará jus ao trabalho do Coletivo Miséria. Por isso, eu recomendo que vocês falem com essas aqui ó:


e comprem a revista. Vale, sim, uma cerveja a menos no fim da noite.
Mas se você for um puta mão de vaca que vai perder o prazer de ler na cama, no banheiro, segurando as folhas da revista. Ou, uma pessoa sem acesso fácil aos gibis, entra aqui



o Desamélias recomenda fortemente, e garante que todo esse jabá não tem lucro financeiro, só muita admiração.

Agora vá você ai ler o miséria para quem sabe um dia estar apto para aparecer no nosso Colírio Nerd.

Beijo da boa, que te deu a dica.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Amizade colorê, o escolhido foi você


Amizade colorida, personal fucker, foda casual, amizade com benefícios. O nome não importa, fato é que todo mundo já teve um, e quem nunca teve deseja um dia ter. (E quem não deseja deveria desejar).
Essa relação tão gostosa vai além da amizade. É a cumplicidade entre duas pessoas que, sem maiores problemas, assumem que vez ou outra precisam de sexo e não têm outra opção para isso. O amigo colorido pode ser uma amizade antiga, que antes era preta e branca. Pode ser também uma amizade nova, que já nasceu no colorê. Independente do tempo de amizade, uma coisa é fato: 90% dos casos de amizade colorida começaram com uma bebedeira. E as amizades coloridas podem ser divididas, basicamente, em dois grupos (que depois dividem-se em subgrupos). Vamos aos casos:


Vocês eram grandes, velhos e bons amigos. Aconteceu de um dia, depois de anos de confidências, risadas e babaquices, encherem a cara juntos.

Ela tinha levado um pé na bunda, você tentava consolar. Você não passou no vestibular, ela não conseguiu o emprego, o vinho estava barato, a cerveja estava gelada e quando vocês acederam as luzes, não é possível, estavam lá os dois pelados no sofá da sala, de cara amassada, procurando a cueca. Os dois curtiram, superaram a ressaca moral e quiseram mais: pronto, eis que surge uma linda e colorida amizade.
Trata-se da legítima amizade colorida. Ou amizade com benefícios.



Vocês poderiam se dar muito bem juntos, mas preferem ficar só na amizade. Talvez porque vocês se ajudem em outras relações (sabem dos problemas, conhecem a ladainha toda), talvez porque existam paixões platônicas paralelas ao caso de vocês, talvez porque seja conveniente, só isso. Os motivos são muitos.

Esse tipo de amizade pode acabar de forma trágica se acontecer de somente um dos dois se apaixonar. E, claro, pode ter um final feliz ser rolar paixão dos dois lados. Ou se não rolar paixão alguma, e vocês continuarem curtindo essa coisa gostosa, cheeeia de intimidades. Pense bem: vocês já eram muito íntimos, tudo fica mais fácil.

O grande problema é que, assumindo que o caso é só sexo, quando um dos dois se der bem no sexo e no amor, o outro vai ficar na mão.

***

Então, ele era lindo. Lindo e charmoso, e ainda sabia se vestir bem, mas vocês nunca conversaram. Um dia, aqueles amigos em comum chamaram para aquela festa, e depois de todos aqueles copos, aquele corpo era seu.



Mas aí, ele era meio burro, meio chato, meio metido, meio qualquer coisa dessas que só a metade já conta muitos pontos contra. Talvez ele também tenha te achado meio arrogante, meio chata, meio esquisita. Só que a noite foi digna de bis, e então fica conversado: outro dia te ligo. E você está sozinha e liga sim. E ele está sozinho e topa, sim.

Parabéns, vocês ganharam um personal fucker. Ou uma foda casual. Vocês se completam, é maravilhoso, mas somente na cama. Fora dela, sem condições de um relacionamento sério, ele tem aquilo que NÃO DÁ. Ou não. Talvez vocês se tornem bons amigos, e então a foda casual pode evoluir para uma amizade colorida. Não evoluindo, fica assim: vocês vão se procurar quando quiserem sexo. Vai ser maravilhoso, mas no dia seguinte ninguém se vê.

Quem sabe um dia se trombam numa balada: é sexo garantido no final da noite. Ou então, é esperar que o telefone toque de novo.

Ainda há muito preconceito com relação à foda casual, existe muito mimimi do tipo “mas ele está só me usando”. Ok, se você não curtiu nadinha, nadinha, ele está só te usando sim (mas aí, amigue, se virou foda casual é porque você é boba (o)).

Se você achou uma de-lí-cia, deixa de frescura: usem-se mutuamente, queridos. Os problemas são basicamente os mesmos da amizade colorida: pode acontecer uma paixão inesperada de apenas uma das partes(embora aqui seja mais difícil); ou um dos dois pode simplesmente deixar o outro na mão.

Enquanto não acontece, vamos combinar: amizade colorida faz bem e deixa o mundo mais feliz.